quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Correios mantém entrega de cartas e encomendas

Durante coletiva realizada em Brasília (DF), o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, informou que a empresa mantém a entrega diária de cartas e encomendas, embora exista a possibilidade de atrasos devido à paralisação iniciada nesSa quarta-feira (14). “Não houve interrupção da entrega de objetos. Dos 35 milhões de objetos que os Correios entregam diariamente, 5,3 milhões não foram entregues hoje e devem seguir com atraso”, explicou.

Pinheiro pediu aos trabalhadores da empresa para que encerrassem a paralisação, e frisou que a retomada das negociações sobre o acordo coletivo está condicionada ao retorno às atividades. Segundo ele, haverá desconto dos dias parados.

Na coletiva, o presidente descreveu os benefícios da proposta que a empresa havia feito na segunda-feira — que representava um aumento salarial final de 13% para 64.427 empregados, ou seja, 60,14% do efetivo total da empresa. Com o início da paralisação, a proposta foi retirada. “Na conjuntura atual, em que existe uma preocupação com a crise financeira internacional, entendemos que um reajuste de 13% no piso salarial é bastante relevante. Só podemos lamentar a decisão tomada e chamar os trabalhadores a retornar para as atividades”.

Ao longo dos últimos oito meses, os Correios assinaram dois acordos de PLR (um relativo à PLR 2010, já paga, e outro relativo à PLR 2011, que será paga no próximo ano e terá uma parcela antecipada para dezembro).No período, um concurso público também foi realizado para a contratação de quase 10 mil trabalhadores — mais de 2 mil já foram contratados e o restante deve ser convocado até novembro.

Números

A paralisação atinge, em média, 32% do efetivo total da empresa — em alguns setores, alcança 40%. Os Correios suspenderam os serviços SEDEX 10, SEDEX Hoje e Disque-Coleta, por se tratar de serviços com horário marcado.

A empresa anunciou que já colocou em operação um plano de contingência, com contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras, para minimizar os prejuízos à população.

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