Nesta sexta-feira, cientistas disseram que a descoberta das
partículas subatômicas que parecem viajar mais rápido do que a luz
poderiam fazer com que as teorias sobre a origem do universo fossem
repensadas.
O professor de física de partículas da Universidade britânica de
Manchester Jeff Forshaw disse à "Reuters" que, se confirmados, os
resultados iam supor que enviar informações ao passado é teoricamente
possível. Ele afirmou que, em outras palavras, viajar no tempo seria
possível, mas isso não significa que máquinas do tempo vão ser
construídas a curto prazo.
O instituto de investigação do CERN, situado na cidade de Genebra,
mostrou que medições feitas durante três anos indicaram que os neutrinos
lançados a um receptor em Gran Sasso, na Itália, alcançaram os 60
nanosegundos mais rápido que a luz, uma diferença mínima que com certeza
poderia questionar a Teoria da Relatividade desenhada em 1905 por
Albert Einstein.
De acordo com a Teoria da Relatividade Especial, que é baseada na
visão atual de como o universo funciona, nada pode viajar mais rápido
que a luz, a 300.000 km por segundo, porque sua massa seria
incrivelmente infinita.
Os cientistas disseram que vão confirmar os resultados de forma
independente. A comunidade internacional expressou surpresa e ceticismo.
O astrofísico Martin Rees disse que alegações extraordinárias exigem
provas extraordinárias. O físico mais conhecido do mundo, professor
Stephen Hawking, afirmou que ainda é muito cedo para conversar sobre
isso porque são necessários mais experimentos e explicações.
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