O Ministério da Saúde lançou um conjunto de medidas para ampliar a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de infarto agudo do miocárdio. Essa é a principal causa de mortes atualmente no Brasil, juntamente com Acidente Vascular Cerebral (AVC). As ações fazem parte da rede Saúde Toda Hora, lançada este ano pelo governo federal, e preveem unidades com leitos aos pacientes de síndromes coronarianas, instalação de UTIs específicas em todas as regiões do País, inclusão de medicamentos, aumento de valores de procedimentos e instalação de tele-eletrocardiograma nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O investimento será de cerca de R$ 234 milhões até 2014.
“Temos a meta de reduzir para 5% os óbitos de infarto no SUS”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Esse é um percentual já alcançado internacionalmente, em países desenvolvidos e onde há modelos de sistemas de saúde”.
As medidas, foram anunciadas durante o 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia, e englobam a construção de 39 Unidades Coronarianas nas regiões metropolitanas com o maior número de infartos.
Também está previsto um aumento de 30% nos recursos para angioplastia primária, procedimento cirúrgico de desobstrução da artéria coronária. A ação equivale a mais R$ 46 milhões nos gastos que já havia no SUS para esse tipo de procedimento.
Haverá ainda a disponibilização de tele-eletrocardiograma nas Samu. Os veículos passam a contar com o apoio de hospitais de referência para atendimento à distância no auxílio ao diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. O custeio dos tele-eletrocardiogramas será de R$ 11,2 milhões anuais.
As medidas fazem parte da estratégia de enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis, que causam 72% das mortes do País.
Nenhum comentário:
Postar um comentário