terça-feira, 11 de outubro de 2011

Coração artificial recupera paciente do SUS

Figura meramente ilustrativa
O comerciante Sérgio Alexandre Genaro, 48 anos, foi o primeiro caso no Brasil em que um paciente recuperou as funções cardíacas depois de usar um coração artificial por dois meses. Sérgio sofria de insuficiência cardíaca grave, apenas 30% do coração estava funcionando, mas só descobriu o problema quando fez exames para uma cirurgia renal.

O chefe de cirurgia do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e cirurgião cardiovascular, Alexandre Siciliano, explica que foi feita uma operação de ponte de safena, mas o coração não suportou o trauma e precisou do implante do ventrículo artificial. "É um aparelho, disponível no INC, que fica fora do corpo por até seis meses, até que o paciente encontre um doador”, explica o médico. A boa notícia é que apenas com o implante do ventrículo artificialo coração de Sérgio Alexandre recuperou as funções e ele não vai precisar mais de um transplante.

Segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, casos como o de Sérgio apenas reforçam a importância das ações do Ministério da Saúde de inovar e qualificar o SUS. Esse tipo de inovação pode viabilizar o acesso à saúde com a qualidade que a população precisa. Ou seja, é uma agenda para viabilizar a inovação a serviço da população brasileira.

Coração recuperado

O uso do ventrículo artificial para recuperação de corações comprometidos pode ser uma boa alternativa de tratamento. No transplante, além dos riscos inerentes a realização de uma nova cirurgia após o implante de ventrículo artificial e da revascularização, os pacientes passam a depender de medicamentos contra a rejeição do órgão, os chamados imunosupressores. Mas o principal problema não está na cirurgia em si, e sim no tempo de espera. Sem o uso de ventrículos artificiais, o paciente fica sujeito ao aparecimento de um coração compatível, o que, para pessoas com insuficiência cardíaca grave, pode significar morrer na fila.

Além de tudo, o coração é um órgão de rápida deterioração. Nos EUA, corações artificiais externos são usados em 30% a 40% dos pacientes que esperam por um coração compatível e um pouco menos de 5 % destes pacientes têm o coração doente recuperado e passam a não precisar mais do transplante.

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